Você já sabe a importância de manter o peso adequado e prevenir a obesidade para manter a saúde em dia. Afinal, a obesidade está associada a diversos tipos de doenças cardiovasculares, osteomusculares, respiratórias, diabetes e até alguns tipos de cânceres.

 

Mas outro problema também causa danos sérios e precisa ser tratado em paralelo: a estigmatização e o preconceito contra o corpo gordo. 

 

médica mede abdomen de paciente

 

O que é obesidade?

 

A obesidade é uma doença multifatorial, que afeta no mundo em média 650 milhões de pessoas.

 

O diagnóstico de obesidade é feito pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC): peso (em kg) dividido pelo quadrado da altura (em metros). Resultados acima de 30 já indicam obesidade e maior predisposição a outras doenças.

 

 

Classificação do IMC:

 

  • Menor que 18,5 - Abaixo do peso
  • Entre 18,5 e 24,9 - Peso normal
  • Entre 25 e 29,9 - Sobrepeso (acima do peso desejado)
  • Igual ou acima de 30 - Obesidade

 

Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m
Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.00625
IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10

 

 

O resultado de 27,10 do IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso)

 

Apesar de ser um método prático e rápido, o IMC nem sempre é o mais preciso. Isso porque desconsidera a distribuição de gordura no corpo e as proporções corporais.

 

Uma forma de controlar essa limitação é também analisar, além do IMC, a circunferência abdominal. Nesse caso, medida igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres são sinais de alerta, principalmente para doenças do coração.

 

médica avalia paciente com sobrepeso

 

 

Saúde para além dos números

 

Combater a obesidade não é uma corrida contra a balança e a fita métrica a todo custo.

 

Na maioria das vezes, dietas milagrosas levam ao efeito sanfona – emagrecer e engordar com frequência. Isso porque o corpo passa pelo menos 12 meses tentando recuperar os quilos perdidos – reduzindo o gasto metabólico e aumentando a sensação de fome.

 

A obesidade é uma doença crônica com componentes genéticos, hormonais, psicológicos e ambientais, não é consequência exclusiva de maus hábitos ou questão estética. Por isso, é recomendado que o tratamento seja feito com acompanhamento médico.

 

E com ela, além do número da balança, e da modificação da composição corporal, algumas doenças oportunistas podem se instalar e prejudicar a qualidade de vida, como

 

- Diabetes Melitus;

- Hipertensão arterial;

- Maior risco para acidente vascular cerebral (AVC);

- Doenças cardiovasculares

- E inclusive o aumento à incidência a ocorrência de diversos tipos de câncer!

 

A obesidade deve ser tratada de forma adequada e por equipe multiprofissional. Mas algumas dicas, podem te ajudar a melhorar a qualidade de vida:

 

- Organize suas refeições, elabore seus lanches e marmitas;

- Não vá ao mercado com fome;

- Evite comer em frente a televisão, ou sob situações de estresse;

- Evite longos períodos de jejum;

- Faça pelo menos 20 minutos de atividade física diariamente;

- Beba bastante água!

- Mantenha o acompanhamento regular com seu médico!

 

 

 

grupo de mulheres fazem selfie

 

 

Amar o próprio corpo

 

Os números da balança e da fita métrica são importantes como indicadores para acompanhamento médico, mas não são um fim em si mesmos.

 

Reduzir a gordura abdominal, adotando a prática de exercícios aeróbicos e alimentação equilibrada ajudam a viver mais e melhor, mas esse processo é lento e gradual.

 

É preciso amar o corpo, independentemente do tamanho dele, para cuidar. O que você fez pela sua saúde hoje?