Nos últimos anos, os estudos sobre o câncer de mama evoluíram muito e, cada vez mais, temos acesso a tratamentos eficientes e informações sobre prevenção e diagnóstico precoce. Apesar do alto índice de mortalidade associado à doença, identificar o câncer de mama em um estágio inicial pode fazer toda a diferença no tratamento. É por isso que manter sua rotina de exames é a melhor forma de manter o cuidado consigo mesma.

Mas quais são os passos que se seguem a uma eventual detecção do câncer e um tratamento de sucesso? Continue a leitura para saber mais:

1. É possível diminuir o risco de desenvolver câncer de mama

Estudos mostram que a possibilidade de desenvolver a doença pode ser reduzida com a adoção de alguns hábitos:

– Manter uma alimentação saudável;
– Evitar a obesidade;
– Praticar atividade física regular;
– Não fumar;
– Amamentar seu(s) filho(s) ao peito.

A amamentação durante o máximo de tempo possível é uma forma natural de diminuir o risco do câncer de mama, pois, durante o período de aleitamento, as taxas de hormônios que podem contribuir para o desenvolvimento de tumores tendem a cair. Além disso, outros processos de eliminação e renovação de células que podem apresentar lesões no material genético também acontecem durante a amamentação.

2. Exames periódicos são fundamentais para a detecção precoce

Toda mulher deve fazer o exame ginecológico anualmente desde o início da vida sexual. A mamografia deve ser realizada, também de forma anual, a partir dos 40 anos ou até antes, se você tiver mãe ou irmã com histórico de câncer de mama.

O autoexame é válido, mas nunca substitui o exame médico. Se observar esses sinais na mama, consulte um médico: nódulos fixos e indolores, pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

3. Alguém que eu conheço foi diagnosticado: e agora?

Se você tem alguém próximo na sua família ou no seu círculo de amigos que passou pelo tratamento contra o câncer, existem certos cuidados em apoio a essa pessoa. Lembre-se sempre da importância de realizar exames regulares, e, se sentir que é oportuno, ofereça-se para acompanha-la. É necessária uma atenção regular para a detecção de uma possível recidiva (reaparecimento da doença).

Manter um estilo de vida saudável deve fazer parte da rotina. Então você pode apoiá-la numa vida mais saudável, seja com dicas e receitas para uma alimentação mais equilibrada ou com a prática de atividades físicas em conjunto.

O acompanhamento psicológico também é muito importante para a recuperação. É possível que você tenha que lidar com alterações de humor ou com um comportamento totalmente novo. Por isso é importante observar a necessidade de terapia durante esse período e demonstrar seu apoio, com paciência e empatia.

4. Vacinas contra covid-19 não causam câncer de mama

Cuidado com o que lê ou ouve por aí! As vacinas contra a covid-19 não causam câncer ou quaisquer outras doenças na mama. Fake news sobre a relação entre vacinação e mamografia têm sido cada vez mais comuns durante os últimos meses, e a Comissão Nacional de Mamografia se pronunciou sobre o assunto.

É comum que as vacinas contra o coronavírus causem inchaço transitório de gânglios embaixo do braço. Esse inchaço também pode ocorrer com outras vacinas, após depilação a laser da axila e por inflamações no ombro, por exemplo. É uma reação de defesa normal do corpo e que pode aparecer nos exames de mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética.

Além disso, tomar a vacina não deve ser de forma alguma impeditivo para a realização da mamografia de rotina. No último ano, cerca de 50% das mulheres deixaram de realizar mamografias devido à pandemia e estima-se que isso terá um impacto futuro nas taxas de mortalidade por câncer de mama.

Não atrase seus exames pela vacina e não atrase sua vacina pelos exames! É possível se programar e fazer ambos procedimentos, e a hora de cuidar da sua saúde é agora.

5. Vida após o câncer: é preciso seguir com os exames

É completamente normal que, após o período de tratamento, você não queira mais carregar o rótulo de paciente ou de sobrevivente de câncer. Tudo bem querer seguir a vida deixando certas definições para trás, mas, para isso, é preciso se informar sobre o que esperar da vida depois do câncer de mama.

Já estou curada. Preciso continuar fazendo exames? Sim. É essencial manter os exames de rotina em dia e seguir as orientações médicas mesmo após o fim do tratamento. Essa é uma forma de monitorar a recidiva, além de também ser o momento em que seu médico pode acompanhar possíveis efeitos colaterais, sequelas físicas ou mesmo psicológicas.

E lembre-se: dúvidas como o uso de prótese mamária, possibilidade de engravidar ou amamentar devem ser esclarecidas com o seu ginecologista, único profissional capaz de oferecer orientações precisas caso a caso.