O termo “paternidade ativa” veio como um contraponto a “paternidade passiva”, aquela realidade muito conhecida do “pai ausente ou pouco presente”. E nos convida a refletir, cada vez mais, sobre a importância desse papel de pai, ativo e que, de fato, exerce a paternidade.

 

Paternar é estar presente, vai muito além de laços sanguíneos, de ser o provedor da família, ou ainda, de brincar e ser divertido nos momentos que tem um tempo para estar com os filhos. Construir um vínculo afetivo e emocional com a criança é uma escolha diária, requer entrega e consciência da relevância desse papel, tanto na vida dos filhos quanto na vida dos pais.

 

Não podemos deixar de considerar, que estamos tratando de um tema, que fala de uma questão cultural. Mas, até quando vamos manter essa cultura, de que pai que faz a sua parte está “ajudando”? Até quando os locais disponíveis para troca de fraldas, estarão dentro do banheiro feminino? Essas questões podem parecer detalhes, quando vistas isoladamente, mas retratam as crenças e paradigmas que reforçam essa cultura.

 

Não existe um manual para os pais, assim como não existe para as mães, muito menos a necessidade de reforçar o autojulgamento. Sim, pais e mães se julgam, por tudo e o tempo todo. Por isso, apenas se permita sentir a paternidade, com todas as dúvidas e desafios que surgem com esse papel. Liberte-se de repetir velhos padrões, crie o seu modo de paternar e estimular o desenvolvimento físico e emocional dos seus filhos.

 

Independente do termo que usamos, todos nós podemos contribuir para um cenário, onde a paternidade e a maternidade sejam suficientemente ativas e afetivas!

 

Artigo por Juliana Ferraz Ollé Ramos, psicóloga da Medicina Preventiva da Unimed Nordeste-RS