Como seria se, por um instante, pudéssemos silenciar a voz interna que emite julgamentos ásperos sem o menor senso de gentileza? Mães são seres pós-graduados na arte do julgamento, principalmente no autojulgamento. Desde o momento em que surge a ideia de gerar uma vida, surgem os primeiros julgamentos carregados de crenças de menos valia e dúvidas sobre o quão suficientes serão aos seus futuros filhos.

Quem de nós nunca experimentou o gosto amargo do autojulgamento ou, ainda, do arrependimento por ter julgado o outro? De fato, o julgamento é inerente ao ser humano. Desde a infância aprendemos a enxergar o mundo ao nosso redor através da lente do julgamento, e assim seguimos julgando e sendo julgados.

Mas isso não significa que não possamos desenvolver outras habilidades, que nos ajudem a agir de forma diferente ao ato de julgar. Há um espaço entre pensar e agir e neste espaço temos a oportunidade de escolher entre agir com base no julgamento ou agir com base no acolhimento.

Dessa forma, como podemos, na prática, desenvolver a habilidade de acolher mais e julgar menos? Tentar não julgar acaba sendo a primeira ideia da maioria das pessoas, porém não é uma estratégia efetiva. Experimente o oposto do julgamento, o acolhimento. Sempre que surgir um pensamento de autojulgamento, dê espaço à autogentileza, acolha o que estiver sentindo e perceba o quanto aquele julgamento é superficial e não te define enquanto ser humano. Acredite, você fez o seu melhor para aquele momento!

Agir com mais acolhimento e menos julgamento começa por você! A partir do momento em que passar a olhar para si, de uma forma mais acolhedora, você passará a acolher as pessoas ao seu redor. Este é um caminho sem volta, onde o julgamento não deixa de existir, mas passa a ser apenas uma oportunidade para acolher e ser acolhida!

Mães que acolhem as suas próprias vulnerabilidades acolhem os seus filhos e, como consequência, criam um ser humano que valoriza o ato de acolher mais e julgar menos!