Dias da Alimentação e da Saúde Mental são comemorados nesta semana. Por isso, conversamos com as nutricionistas Annelise Fochesatto e Karen Pissetti, da Medicina Preventiva Unimed, que alertam: “a alimentação saudável deve fazer parte da nossa rotina como um todo”

Dietas milagrosas, dicas infalíveis. Quantas vezes você já ouviu a receita perfeita para emagrecer, ganhar massa muscular ou turbinar a alimentação? Apesar de parecerem simples, tome muito cuidado com as soluções prontas. A mudança repentina de hábitos, ainda mais quando motivada apenas pela estética e sem o acompanhamento profissional, pode trazer riscos para o corpo e para a saúde mental.

Na semana que marca o Dia Mundial da Saúde Mental (10) e o Dia Mundial da Alimentação (16), conversamos com as nutricionistas Annelise Fochesatto e Karen Pissetti, da Medicina Preventiva Unimed Nordeste-RS. As profissionais explicaram a relação entre o que comemos e como nos sentimos, alertando já de antemão: “não existe um alimento milagroso”. Confira mais abaixo:

A pandemia de coronavírus melhorou mesmo nossos hábitos?

Como lembram Annelise e Karen, o distanciamento social provocou grandes mudanças na rotina, na economia e nas relações entre as pessoas. Com o fechamento das fronteiras e o medo do desabastecimento, muitos começaram a estocar alimentos.

O aumento da quantidade de comida na despensa, somado ao maior tempo em casa, à disponibilidade para cozinhar e à ociosidade, podem contribuir para a adoção de novos hábitos alimentares saudáveis. A má notícia é que também podem levar ao excesso do consumo de calorias e à compulsão alimentar, afirmam as nutricionistas.

Annelise e Karen também observam o crescimento da busca por terapias alternativas para melhorar a imunidade, como forma de proteção contra o coronavírus.

– Nesse cenário, muitas “fake news” ganharam espaço e foram rapidamente disseminadas por aplicativos de conversas e mídias sociais. A grande oferta de suplementos, chás, sopas ou sucos “poderosos” se tornou mais atrativa do que o binômio comprovado cientificamente: alimentação saudável como um todo e prática de atividade física – comentam as especialistas.

Com ou sem pandemia, as nutricionistas ressaltam que, para manter uma saúde mental em dia, vale o que a ciência já comprovou: cozinhar as próprias refeições, variar os alimentos consumidos, optar por alimentos “in natura” ou minimamente processados e, por fim, mas não menos importante, comer sentado à mesa e na companhia de pessoas queridas.

Os riscos das dietas desequilibradas e da falta de exercícios

Segundo Annelise e Karen, uma alimentação pobre em água e fibras, mas rica em alimentos industrializados e com consumo desenfreado de “fast-food”, repercute diretamente sobre a saúde mental, uma vez que reduz nossos níveis nutricionais e aumenta o risco de desenvolvermos doenças.

Por outro lado, dietas muito restritivas também são preocupantes, porque diminuem a imunidade e pioram a relação do indivíduo com a comida, podendo levar a transtornos alimentares. Além da alimentação, o sedentarismo piora ainda mais os sintomas de ansiedade. Está mais do que comprovado que praticar atividade física libera endorfina, melhora a capacidade cognitiva e diminui os níveis de ansiedade e estresse de maneira geral – acrescentam.

Abaixo, as nutricionistas reúnem nove dicas que você precisa saber sobre saúde mental e alimentação:

 

  • Não existe um alimento milagroso. A alimentação saudável como um todo deve fazer parte da nossa rotina;
  • Alimentos do tipo “fast-food”, em razão de seu alto valor calórico e grande quantidade de açúcares e gorduras, podem piorar os sintomas de ansiedade. Evite o excesso!
  • Quando estiver muito ansioso, procure não consumir alimentos ou bebidas estimulantes, como café, chá-verde, chimarrão e chocolate;
  • Aumente o consumo de alimentos ricos em fibras, como aveia, grão-de-bico, frutas, legumes e verduras. Eles são fundamentais para o bom funcionamento do nosso corpo, incluindo a mente;
  • Mastigue bem os alimentos, para que seu organismo possa fazer uma boa digestão e absorver os nutrientes;
  • Beba bastante água. Isso é importante para a hidratação, limpeza do organismo, transporte de vitaminas e formação de novas células;
  • Dê preferência aos alimentos integrais e evite o alto consumo de refrigerantes, bolachas, biscoitos e pães;
  • Pratique atividade física com o auxílio de um profissional de Educação Física;
  • Busque psicoterapia e, se sentir necessidade, procure um psiquiatra.
     

Para beneficiários da Unimed Nordeste-RS que necessitem de consulta com psicólogo ou nutricionista, o primeiro passo é passar por uma avaliação médica e obter a guia de encaminhamento. Com ela, basta entrar em contato com a Medicina Preventiva Unimed Nordeste-RS, pelo fone (54) 3289.9300. A equipe estará pronta para orientá-lo.